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Chinesa GAC anuncia fábrica em Goiás e promete frota elétrica para COP-30 em encontro com Lula

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GAC Motor vai ser lançada no dia 23 de maio e produzirá carros em Catalão, Goiás.

Investimento bilionário e produção nacional.

A montadora chinesa GAC Motor confirmou oficialmente na segunda-feira (12) seus planos de expansão para o Brasil durante encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está em visita oficial à China. O presidente da companhia, Feng Xingya, anunciou um investimento robusto de aproximadamente US$ 1,3 bilhão (equivalente a R$ 7,4 bilhões) para estabelecer operações no país, incluindo a produção de veículos na cidade de Catalão, em Goiás. A empresa revelou que fabricará inicialmente três modelos no Brasil, sendo dois elétricos e um híbrido, demonstrando seu compromisso com tecnologias sustentáveis. Durante a reunião em Pequim, executivos da GAC também ofereceram uma frota de veículos elétricos para atender as autoridades que participarão da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-30), programada para novembro de 2025 em Belém do Pará. Este gesto simboliza não apenas a entrada oficial da marca no mercado brasileiro, mas também seu alinhamento com as discussões globais sobre sustentabilidade que serão centrais durante o evento internacional que o Brasil sediará.

A estratégia de produção local da GAC envolve negociações para utilizar a estrutura da HPE Automotores em Catalão, fábrica que produzia modelos Mitsubishi e Suzuki até o final do ano passado, quando suspendeu suas operações. Contudo, tanto a GAC quanto a HPE enfatizaram que não há tratativas para venda da unidade fabril, que está em atividade há 25 anos no país, sugerindo alguma forma de parceria operacional entre as empresas. “Por ser uma referência na produção de automóveis com alto nível de qualidade e tecnologia, a empresa é constantemente procurada por outras empresas do setor automotivo para potenciais parcerias”, afirmou a HPE em comunicado oficial sobre as negociações em curso. Além da produção em Goiás, a montadora chinesa também anunciou planos para implementar um centro de pesquisa e desenvolvimento no Nordeste brasileiro, ampliando seu compromisso com o desenvolvimento tecnológico local. O presidente Wei Haigang destacou durante o encontro com Lula que a GAC não pretende apenas comercializar veículos no Brasil, mas contribuir efetivamente para o fortalecimento da indústria automotiva nacional, tornando-a mais competitiva globalmente e alinhada com as demandas contemporâneas por sustentabilidade e inovação tecnológica.

Os primeiros modelos que serão produzidos pela GAC no Brasil já foram apresentados ao presidente Lula durante o encontro em Pequim. O portfólio inicial inclui os modelos Aion V e Hyper HT, ambos elétricos, além do Emkoo (que será comercializado como GS4 no mercado brasileiro), um veículo híbrido que combina tecnologias de propulsão. Além destes, a empresa também pretende introduzir os modelos Aion Y Plus e Aion ES para complementar sua linha de produtos no país. Antes mesmo do início da produção local, que deve ocorrer ainda em 2025, a GAC iniciará suas operações comerciais no Brasil com veículos importados, que serão comercializados através de uma rede inicial de 20 concessionárias. O lançamento oficial da marca no mercado brasileiro está marcado para o dia 23 de maio, em evento que acontecerá em São Paulo, no Parque do Anhembi, para o qual o presidente Lula foi convidado e disse que “avaliará com carinho” sua presença. Este cronograma acelerado demonstra a prioridade que a quinta maior fabricante de automóveis da China está dando ao mercado brasileiro, visto como estratégico para sua expansão internacional, especialmente na América Latina, região onde o Brasil exerce papel de liderança econômica e influência comercial significativa.

A chegada da GAC ao Brasil se insere em um contexto de crescente presença de montadoras chinesas no país, atraídas pelo potencial do mercado brasileiro e pelas oportunidades de expansão em toda a região. O presidente Lula celebrou o anúncio como um resultado direto do fortalecimento da parceria estratégica entre Brasil e China, destacando como estes investimentos podem contribuir para a reindustrialização nacional e para a transição energética no setor automotivo. Além dos US$ 1 bilhão já anunciados anteriormente, a empresa confirmou um aporte adicional de US$ 300 milhões, totalizando os US$ 1,3 bilhão em investimentos previstos até 2030. Os planos da GAC incluem não apenas a fabricação de veículos elétricos, mas também modelos híbridos e híbridos flex, adaptados às particularidades do mercado brasileiro, onde os biocombustíveis desempenham papel relevante na matriz energética. A oferta de uma frota de veículos elétricos para a COP-30 reflete a visão estratégica da empresa em associar sua marca aos esforços de sustentabilidade ambiental, aproveitando a visibilidade global que o evento proporcionará. Segundo o presidente da GAC, a montadora “acredita no potencial da parceria com o Brasil” e tem como missão “produzir carros com a mais moderna tecnologia do mundo”, contribuindo para tornar a indústria automotiva brasileira mais competitiva e alinhada com as tendências globais de eletrificação e redução de emissões.

Impacto econômico e novas tecnologias

A entrada da GAC no mercado brasileiro representa não apenas um importante aporte de capital estrangeiro, mas também a introdução de novas tecnologias no parque industrial nacional. Com a produção local de veículos elétricos e híbridos em Goiás, o Brasil dá mais um passo importante na diversificação de sua indústria automotiva e na transição para tecnologias mais limpas. A expectativa é que o início das operações da montadora chinesa contribua para a geração de empregos qualificados e para o desenvolvimento da cadeia de fornecedores locais, impulsionando o crescimento econômico regional e nacional nos próximos anos.

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