Pix em Portugal já é aceito em lojas portuguesas

Mercado que aceita Pix em Portugal reforça piada da “recolonização”.
Novo cenário para pagamentos de brasileiros em supermercados de Portugal
O método de pagamento instantâneo Pix, desenvolvido no Brasil, acaba de conquistar espaço em Portugal e já se faz presente em importantes redes varejistas do país europeu. A novidade foi confirmada no início de maio, quando o grupo português Continente anunciou que passou a aceitar o Pix em pelo menos seis de suas lojas localizadas na região norte, incluindo estabelecimentos em Braga. A medida beneficia diretamente brasileiros que residem ou visitam Portugal, permitindo que eles realizem suas compras do dia a dia utilizando o mesmo sistema prático e ágil disponível no Brasil. O serviço, autorizado desde janeiro nas lojas aderentes, dispensa a necessidade de cartões internacionais, dinheiro em espécie ou procedimentos bancários complexos, trazendo mais facilidade e economia para quem já está habituado ao Pix. A implementação ocorre em um contexto de crescente demanda, impulsionada pela significativa comunidade brasileira residente no país ibérico e pela frequência cada vez maior de turistas vindos do Brasil. O recado estampado nas lojas convida: “Aqui você já pode pagar com o seu Pix do Brasil”, celebrando a inovação e o intercâmbio tecnológico entre as duas nações.
‘Uma usuária das redes sociais compartilhou a foto de uma placa sobre a aceitação de pagamentos via Pix em um supermercado em Braga, Portugal. “Aqui você já pode pagar com o seu Pix do Brasil”, informava o aviso no caixa. O perfil declarou ao publicar a foto no X (ex-Twitter): “Incrível a recolonização”. A piada se junta a inúmeras outras que fazem referência à presença cada vez maior de brasileiros –e da influência cultural brasileira –no país europeu.
Uma das brincadeiras atuais mais populares é chamar Portugal de “Guiana Brasileira”. Influenciadores portugueses entraram na onda, explorando o engajamento da população do Brasil –colonizado pelos portugueses a partir do século 16.’
A aceitação do Pix em Portugal surge como reflexo da ascensão meteórica da solução de pagamentos criada pelo Banco Central do Brasil em 2020, que revolucionou o modo como os brasileiros transferem e recebem valores. Diferente dos processos bancários tradicionais, o Pix garante que transferências e pagamentos sejam feitos em questão de segundos, a qualquer hora do dia, durante todo o ano, sem taxa para pessoas físicas e com custos reduzidos para empresas. Em Portugal, a chegada do Pix não elimina as opções locais – como o MB WAY, sistema digital muito popular desde 2014 e amplamente utilizado por portugueses –, mas complementa o ecossistema de pagamentos com uma alternativa que atende especificamente o público estrangeiro. O funcionamento do Pix nas lojas portuguesas opera por meio de parcerias com instituições financeiras, convertendo os valores diretamente para reais e já incorporando eventuais taxas e impostos obrigatórios, como o IOF. Isso simplifica a vida dos brasileiros, que podem utilizar seus próprios aplicativos bancários nacionais para concluir o pagamento, preservando a familiaridade e a segurança na transação.
O crescimento da repercussão da novidade evidencia não apenas a integração econômica entre Brasil e Portugal, mas também o poder das redes sociais em amplificar informações que rapidamente atravessam fronteiras. Imagens das placas anunciando o “Pix do Brasil” circularam intensamente na internet, viralizando entre internautas e fomentando debates sobre inovação e adaptação cultural. Com mais de 1 milhão de brasileiros estimados vivendo ou circulando por Portugal anualmente, a tendência é que o número de estabelecimentos a aderir ao Pix aumente progressivamente. Além de supermercados, gigantes do varejo como El Corte Inglés e redes de eletroeletrônicos como Worten já passaram a disponibilizar o serviço em algumas unidades, ampliando o alcance do Pix e consolidando o Brasil como referência no segmento de pagamentos instantâneos. Do ponto de vista tecnológico, a experiência bem-sucedida pode influenciar futuras parcerias e expandir ainda mais a aceitação do sistema em outros setores do comércio português e até em outros países com forte presença brasileira.
Adoção do Pix reforça integração e tende a crescer em Portugal
A ampla aceitação do Pix em terras lusitanas representa um passo significativo rumo à integração digital entre Brasil e Portugal, abrindo portas para uma relação econômica ainda mais conectada e eficiente. Com a expansão do sistema para novas lojas e segmentos, a experiência positiva tende a estimular outros comerciantes portugueses a aderirem ao serviço, tornando-o alternativa cada vez mais frequente para pagamentos de estrangeiros. Em paralelo, instituições financeiras locais já trabalham para ampliar as funcionalidades, tornando o Pix não só um diferencial para atender brasileiros, mas também uma referência de inovação para o próprio mercado português. A tendência de crescimento do Pix em Portugal acompanha o movimento global de digitalização de pagamentos, promovendo conveniência, segurança e inclusão financeira para todos os envolvidos. A expectativa é que, diante da velocidade da adoção e do sucesso inicial, outras redes varejistas e até pequenos negócios passem a incorporar o sistema, consolidando de vez o Pix como uma ponte tecnológica entre os continentes e fortalecendo os laços comerciais e sociais entre brasileiros e portugueses.
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