Thunderbolts desembarca nos cinemas com promessa de renovar o universo Marvel
A equipe de anti-heróis que promete mudar o rumo do MCU.
O aguardado filme “Thunderbolts*” estreou quinta-feira (1º de maio) nos cinemas brasileiros, representando uma das apostas mais ambiciosas da Marvel Studios para renovar seu universo cinematográfico em 2025. Dirigida por Jake Schreier, conhecido por seu trabalho em “Cidades de Papel”, a produção reúne um grupo improvável de personagens que se caracterizam mais como “anti-heróis” do que como heróis convencionais, encarregados de missões que um grupo tradicional como os Vingadores dificilmente aceitaria. O elenco estelar traz Florence Pugh como Yelena Belova (a nova Viúva Negra), Sebastian Stan como Bucky Barnes (o Soldado Invernal), Wyatt Russell interpretando John Walker (o Agente Americano), David Harbour no papel de Alexei Shostakov (o Guardião Vermelho), Hannah John-Kamen como a Fantasma, e Lewis Pullman interpretando o misterioso Bob, conhecido como Sentinela. A trama se desenrola quando este grupo de desajustados se vê preso em uma armadilha mortal arquitetada por Valentina Allegra de Fontaine, interpretada por Julia Louis-Dreyfus, sendo forçados a embarcar em uma missão perigosa que os fará confrontar os cantos mais sombrios de seus passados enquanto lutam para sobreviver às maquinações da diretora da CIA.
A narrativa de “Thunderbolts*” se desenvolve em um momento crítico do Universo Cinematográfico Marvel (MCU), ocorrendo após os eventos de “Capitão América: Admirável Mundo Novo”, que chegou aos cinemas em fevereiro de 2025. Enquanto Valentina Allegra de Fontaine enfrenta um iminente impeachment por uma série de operações ilegais, ela envia os protagonistas para uma instalação secreta sob o pretexto de uma missão legítima. No entanto, suas verdadeiras intenções são sombrias: colocar os agentes uns contra os outros em um confronto mortal, onde Fantasma acaba matando a Treinadora, antes que um homem misterioso chamado Bob apareça inesperadamente alterando o curso dos eventos. Ao descobrirem que foram enviados por De Fontaine para serem eliminados junto com qualquer evidência de sua má conduta, os sobreviventes conseguem escapar da armadilha graças à intervenção do enigmático Bob, que distrai as forças inimigas atraindo os tiros para si sem sofrer ferimentos, permitindo que Yelena, Walker e Ava escapem. Enquanto isso, Alexei Shostakov, que descobriu detalhes da conspiração enquanto trabalhava como motorista autônomo, resgata o trio em fuga. Inspirado pelo time de futebol da infância de Yelena, Alexei batiza o grupo de “Thunderbolts”, dando início a uma improvável aliança entre esses indivíduos marcados por traumas e com passados controversos.
A complexidade emocional dos personagens é um elemento central do novo longa-metragem, especialmente no caso de Yelena Belova, que assume a posição de líder do grupo enquanto ainda processa o luto pela morte de sua irmã adotiva, Natasha Romanoff, ocorrida em “Vingadores: Ultimato”. Como visto na série “Gavião Arqueiro” (2021), Belova passa por um doloroso processo de luto que ainda está em curso durante os eventos de “Thunderbolts*”, adicionando uma camada significativa de complexidade emocional à trama. A personagem se encontra em uma posição paradoxal: sendo a mais importante peça de Valentina, como líder do grupo, enquanto ainda luta para aceitar a perda da irmã e carregar o peso de seu passado como assassina treinada pela Sala Vermelha. Para adicionar mais profundidade à sua jornada, Yelena tem ao seu lado Alexei Shostakov, o Guardião Vermelho, que durante os anos 1990 se passou por seu pai como parte de uma operação secreta soviética. Embora aquela missão fosse uma farsa, Alexei desenvolveu um genuíno afeto pelas jovens Natasha e Yelena, criando um vínculo emocional que agora aumenta o peso dramático das decisões de Belova como líder de um grupo de criminosos teoricamente reformados. Esta dinâmica familiar disfuncional adiciona camadas de humanidade a personagens que normalmente se destacariam apenas por suas habilidades em combate.
O lançamento de “Thunderbolts*” representa um ponto de inflexão para o MCU, potencialmente inaugurando uma nova fase para o estúdio que busca explorar territórios mais sombrios e moralmente ambíguos, distanciando-se do modelo tradicional de heróis inquestionavelmente virtuosos. A estrutura narrativa que mistura ação de alta octanagem com profundidade psicológica promete atrair tanto os fãs de longa data quanto novos espectadores interessados em personagens com dilemas mais complexos e humanos. Ao reunir figuras que anteriormente apareceram em diferentes produções do universo Marvel – desde “Viúva Negra” até “Capitão América: Guerra Civil” – o filme também funciona como uma espécie de culminação de histórias secundárias que agora ganham protagonismo. Além disso, a presença do enigmático personagem Bob, que possui habilidades sobre-humanas, incluindo a capacidade de absorver danos sem sofrer ferimentos, adiciona um elemento de mistério que pode abrir portas para novas direções narrativas dentro do universo compartilhado. Com sua estreia nos cinemas em 1º de maio de 2025, “Thunderbolts*” não apenas promete entregar a ação espetacular característica das produções Marvel, mas também estabelecer um novo paradigma para futuros projetos do estúdio, explorando a redenção de personagens imperfeitos e as complexas nuances morais de um mundo onde as linhas entre heroísmo e vilania são frequentemente borradas.
Uma nova era para os anti-heróis da Marvel
Com “Thunderbolts*”, a Marvel Studios demonstra sua capacidade de reinvenção ao transformar personagens secundários e antagonistas em protagonistas de uma história própria, criando um contraponto interessante aos tradicionais grupos de heróis como os Vingadores. Enquanto o estúdio se prepara para outros grandes lançamentos em 2025, os fãs aguardam ansiosos para descobrir como este improvável grupo de desajustados poderá impactar o futuro do universo cinematográfico que há anos domina as bilheterias globais.
