Dólar cai 1,1% e fecha a R$ 6,11 com nova perspectiva sobre tarifas de importação nos EUA pelo governo Trump

Na segunda-feira, 6 de janeiro, o mercado financeiro global experimentou movimentos significativos impulsionados por expectativas sobre as políticas tarifárias do novo governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump. Uma reportagem publicada no Washington Post sugeria que assessores de Trump estavam explorando planos para implementar tarifas de importação mais moderadas, focadas apenas em setores críticos para a segurança nacional ou econômica, e não em uma ampla gama de importações.
Essa notícia teve um impacto imediato nos mercados, com o dólar americano cedendo ante a maioria das outras moedas, incluindo o real brasileiro. O dólar à vista fechou o dia com uma queda de mais de 1% em relação ao real, encerrando em aproximadamente 6,11 reais. Esse movimento refletiu a percepção de que tarifas mais moderadas poderiam reduzir o impacto inflacionário e, consequentemente, diminuir a necessidade do Federal Reserve manter as taxas de juros elevadas por mais tempo.
As taxas dos Depósitos Interfinanceiros (DIs) no Brasil também sofreram uma queda significativa, especialmente nos contratos com prazos mais longos. A taxa do DI para julho de 2025, por exemplo, fechou em 14,015%, uma redução em relação ao ajuste de 14,077% da sessão anterior. Para janeiro de 2026, a taxa caiu para 14,99%, e para janeiro de 2031, alcançou 14,8%, em comparação com 15,051% no ajuste anterior.
A reação do mercado também foi influenciada pelas declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que afirmou não haver discussões no governo sobre mudanças no regime cambial ou aumento de impostos para conter a saída de dólares do país. Haddad destacou que as conversas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva focaram no planejamento para o ano e nas questões relacionadas à pauta de votação do Congresso, especialmente o projeto do Orçamento de 2025.
No contexto interno, as preocupações com a área fiscal continuaram a influenciar os negócios, mas os investidores aproveitaram o início do ano para ajustar os prêmios incorporados à curva no fim de 2024. O mercado de opções de Copom na B3 indicou uma probabilidade significativa de uma alta de 100 pontos-base da taxa Selic em janeiro, refletindo as expectativas de ajustes monetários.
A perspectiva de tarifas mais moderadas nos EUA também impactou os mercados globais, com os rendimentos dos títulos do Tesouro americano variando. O rendimento do Treasury de dois anos, que reflete as apostas para os rumos das taxas de juros de curto prazo, caiu, enquanto o retorno do Treasury de dez anos subiu.
Solução e Conclusão
Diante desses desenvolvimentos, é crucial que os investidores e políticos mantenham uma abordagem prudente e baseada em dados. A moderação nas políticas tarifárias pode trazer estabilidade ao mercado e reduzir a incerteza econômica. No entanto, é essencial que as decisões sejam guiadas por princípios de livre mercado e minimização da intervenção governamental excessiva.
Uma abordagem libertária economicamente, que promova a competição e a inovação, pode ajudar a mitigar os efeitos negativos de políticas protecionistas e garantir um crescimento econômico sustentável. Além disso, manter um viés conservador nos costumes, respeitando a estabilidade e a tradição, pode proporcionar um ambiente mais previsível e favorável para os negócios e o investimento a longo prazo.