Pesquisa revela queda na confiança em Lula e aumento da desaprovação

Desconfiança em Lula atinge 58% e governo tem aprovação de apenas 27%.
O cenário de desconfiança se reflete também na avaliação geral do governo Lula. A pesquisa Ipsos-Ipec apontou que 55% dos brasileiros desaprovam a maneira como o presidente está governando o país, enquanto apenas 40% aprovam sua gestão. Este resultado representa um aumento de 9 pontos percentuais na desaprovação e uma queda de 7 pontos na aprovação em comparação com a última pesquisa. Além disso, a avaliação do governo como “ruim ou péssimo” atingiu 41% dos entrevistados, um crescimento de 7 pontos percentuais. Em contrapartida, apenas 27% consideram o governo “ótimo ou bom”, uma queda de 7 pontos. A avaliação “regular” permaneceu estável em 30% dos entrevistados.
A pesquisa também revelou diferenças significativas na percepção do governo entre diferentes grupos demográficos. A desconfiança em relação ao presidente Lula é mais expressiva entre os evangélicos (70%), pessoas com renda mensal familiar superior a 5 salários mínimos (73%), moradores da região Norte/Centro-Oeste (66%), aqueles com outra religião que não a católica ou evangélica, ou sem religião (66%), e os que possuem ensino superior (65%). Por outro lado, a confiança no presidente é maior entre os moradores da região Nordeste (55%), os que têm ensino fundamental (50%), católicos (50%), pessoas com 60 anos ou mais (50%) e aqueles com renda familiar mensal de até 1 salário mínimo (49%). Essas disparidades refletem as divisões políticas e socioeconômicas que persistem no país e que continuam a influenciar a percepção do governo atual.
Os resultados da pesquisa Ipsos-Ipec indicam um cenário desafiador para o governo Lula nos próximos meses. A queda na confiança e o aumento da desaprovação podem dificultar a implementação de políticas e reformas propostas pelo Executivo, além de potencialmente impactar as relações com o Congresso Nacional. Analistas políticos apontam que, para reverter essa tendência negativa, o governo precisará focar em medidas econômicas que gerem resultados palpáveis para a população, especialmente no que diz respeito à geração de empregos e controle da inflação. Além disso, será crucial para o governo buscar um diálogo mais efetivo com setores da sociedade que demonstram maior desconfiança, como os evangélicos e as classes mais altas, a fim de construir pontes e reduzir a polarização política que continua a marcar o cenário nacional.