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Popularidade de Lula em queda preocupa governo e aliados

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Governo Lula enfrenta desafio para reverter queda na popularidade.

Pesquisas revelam cenário preocupante para o Planalto.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta um momento delicado com a queda significativa em sua popularidade, conforme revelado por recentes pesquisas de opinião. Dados divulgados pelo instituto Datafolha em fevereiro de 2025 mostram que apenas 24% dos entrevistados consideram a gestão do petista ótima ou boa, uma queda expressiva de 11 pontos percentuais em relação ao levantamento realizado em dezembro de 2024. O cenário preocupante levou o Palácio do Planalto a traçar estratégias urgentes para tentar reverter essa tendência negativa, estabelecendo julho como prazo limite para apresentar resultados positivos à população brasileira. A queda na aprovação do governo tem sido atribuída a diversos fatores, como a inflação dos alimentos, a alta do dólar e problemas na comunicação das ações governamentais, especialmente em relação ao sistema de pagamentos instantâneos PIX.

O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira, tem apresentado projeções periódicas ao presidente Lula, apostando em medidas econômicas e uma nova estratégia de comunicação para melhorar a percepção da população sobre o governo. Entre as ações planejadas, destacam-se iniciativas para conter a inflação de alimentos, como a recente isenção de tarifas de importação para alguns produtos. Além disso, o governo aposta na implementação plena do crédito consignado para trabalhadores com carteira assinada em todo o país, o que poderia representar um alívio temporário para as finanças dos brasileiros. A equipe de comunicação do governo acredita que essas medidas, aliadas a uma agenda intensa de viagens do presidente pelo país, com entrevistas a rádios e emissoras de televisão locais, possam contribuir para reverter o quadro negativo até julho.

A queda na popularidade de Lula não se restringe apenas aos números gerais. Análises mais detalhadas revelam uma perda significativa de apoio entre as mulheres, um segmento tradicionalmente favorável ao petista. Segundo levantamento da consultoria Gobuzz, que analisou mais de 80 mil comentários em redes sociais, declarações do presidente consideradas misóginas contribuíram para essa queda. Entre as frases que repercutiram negativamente, destacam-se comentários sobre democracia e violência doméstica, que geraram críticas em perfis femininos na internet. Esse cenário representa um desafio adicional para a equipe de comunicação do governo, que agora precisa elaborar estratégias específicas para reconquistar o apoio desse importante segmento do eleitorado. A perda de popularidade entre as mulheres é particularmente preocupante para o governo, pois pode impactar diretamente nas perspectivas eleitorais futuras do partido e de seus aliados.

Desafios e perspectivas para recuperação da imagem governamental

O governo Lula enfrenta agora o desafio de não apenas implementar medidas efetivas para melhorar a situação econômica do país, mas também de comunicar essas ações de forma clara e convincente à população. A equipe do Planalto aposta que, com a possível melhora nas condições climáticas e consequente aumento na produção agrícola nos próximos meses, haverá um impacto positivo nos preços dos alimentos, contribuindo para aliviar a pressão inflacionária. Paralelamente, a intensificação da agenda de viagens do presidente pelo país busca reforçar a conexão direta com a população, estratégia que foi bem-sucedida em mandatos anteriores. No entanto, o cenário político e midiático atual apresenta novos desafios, com a necessidade de adaptar a comunicação governamental às dinâmicas das redes sociais e combater a disseminação de desinformação. A recuperação da popularidade de Lula e de seu governo será crucial não apenas para a governabilidade nos próximos anos, mas também para as perspectivas eleitorais do PT e da base aliada nas eleições municipais de 2026 e na sucessão presidencial.