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PIB cresce 3,4% em 2024, abaixo da previsão do governo, mas presidente comemora: ‘É mais emprego e renda’

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PIB cresce menos que o previsto, mas Lula celebra avanço econômico.

Economia brasileira avança 3,4% em 2024.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou crescimento de 3,4% em 2024, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta-feira (7). Embora o resultado tenha ficado abaixo das expectativas iniciais do governo, que projetava uma expansão de 3,5%, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou o desempenho da economia, destacando a geração de emprego e renda. O crescimento foi impulsionado principalmente pelos setores de serviços e indústria, que apresentaram altas de 3,7% e 3,3%, respectivamente. Por outro lado, a agropecuária sofreu uma queda de 3,2%, influenciada por eventos climáticos adversos que afetaram a produtividade de culturas importantes como soja e milho. O consumo das famílias, um dos principais motores da economia, avançou 4,8% no ano, registrando a maior alta desde 2011.

Lula comentou o PIB brasileiro de 2024 divulgado, que cresceu 3,4%, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Pois foi o Lulinha voltar ao governo que o PIB voltou a crescer”, disse. 

O presidente brincou ao final do evento e disse que paga R$ 1 milhão para fazer “todo dia um ato deste”. “E não pago um centavo para ficar no meu gabinete”, comentou. “Quanto mais eu estiver na rua, melhor para o País; quanto mais eu estiver no gabinete, pior para o País”, afirmou. “Daqui para frente, quem quiser encontrar com o Lula, vá para a rua porque vai estar na rua conversando com o povo brasileiro.”

O desempenho da economia brasileira em 2024 reflete uma série de fatores complexos que influenciaram o cenário macroeconômico ao longo do ano. A expansão do PIB, ainda que abaixo das projeções iniciais, representa uma continuidade da trajetória de recuperação econômica iniciada após os impactos mais severos da pandemia de Covid-19. O crescimento foi sustentado por políticas de estímulo ao consumo, como os programas de transferência de renda e a melhoria gradual do mercado de trabalho. No setor industrial, destaca-se o avanço de 4,3% na construção civil, impulsionado pelo aumento da ocupação na atividade e pela expansão do crédito. O setor de serviços, por sua vez, foi beneficiado pela retomada das atividades presenciais e pelo aumento da confiança dos consumidores. Contudo, desafios persistentes, como a pressão inflacionária e o aumento da taxa básica de juros no final do ano, começaram a impactar negativamente o consumo das famílias no último trimestre, sinalizando uma possível desaceleração para o início de 2025.

A análise detalhada dos componentes do PIB revela nuances importantes sobre o desempenho econômico do país. O consumo das famílias, que representa cerca de 70% do PIB, teve um papel crucial no crescimento, refletindo o impacto positivo das políticas de transferência de renda e a melhoria do mercado de trabalho. No entanto, a queda de 1% nesse indicador no quarto trimestre acende um alerta para os próximos períodos. Os investimentos, medidos pela Formação Bruta de Capital Fixo, apresentaram um avanço significativo de 7,3% no ano, indicando uma retomada da confiança dos empresários. O setor externo também contribuiu positivamente, com as exportações crescendo mais que as importações. Por outro lado, a queda na produção agropecuária, afetada por eventos climáticos adversos, foi um fator de preocupação, especialmente considerando a importância do setor para a economia brasileira. O desempenho heterogêneo entre os setores evidencia os desafios para manter um crescimento sustentado e equilibrado em todos os segmentos da economia.

Lula: Ano que vem, vai crescer PIB, salário mínimo, renda, distribuição de terra.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o governo tem trabalhado muito para manter a inflação controlada e disse que, em 2025, o Produto Interno Bruto (PIB) do País irá crescer: “Ano que vem, vai crescer mais o PIB, o salário mínimo, a renda, a distribuição de terras, a distribuição de terras para indígenas, vai aumentar mais a produção de emprego”, citou.. Segundo Lula, quanto mais ele estiver na rua, melhor para o País, e quanto mais ficar em seu gabinete, pior será.

“Hoje, temos a inflação controlada. Nós queremos baixar a inflação, porque com inflação alta, quem perde é o povo trabalhador”, disse o petista em cerimônia de entregas e anúncios para a reforma agrária em Minas Gerais, “Estamos cuidando disso.”

Perspectivas econômicas para 2025 e desafios futuros

As projeções para o desempenho da economia brasileira em 2025 indicam uma possível desaceleração, com estimativas de crescimento em torno de 2%. Esse cenário mais moderado reflete os desafios que o país deverá enfrentar, incluindo o controle da inflação, a necessidade de ajustes fiscais e as incertezas do cenário internacional. O governo federal terá pela frente a tarefa de equilibrar o estímulo ao crescimento econômico com a manutenção da responsabilidade fiscal, buscando implementar reformas estruturais que possam aumentar a produtividade e a competitividade da economia brasileira. A continuidade dos investimentos em infraestrutura, o fomento à inovação e o aprimoramento do ambiente de negócios serão cruciais para sustentar o crescimento no longo prazo. Além disso, a superação dos gargalos na cadeia de suprimentos e o enfrentamento dos desafios climáticos na agricultura serão fundamentais para garantir um desenvolvimento mais resiliente e sustentável. Apesar dos desafios, o desempenho da economia em 2024 demonstra a capacidade de recuperação do Brasil, estabelecendo uma base para o enfrentamento dos obstáculos futuros e a busca por um crescimento mais inclusivo e sustentável nos próximos anos.