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Flávio Bolsonaro admite possibilidade de candidatura alternativa à direita em 2026

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Senador mantém pai como candidato mas reconhece viabilidade de outros nomes.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou nesta quinta-feira que seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, mantém-se como candidato ao Palácio do Planalto em 2026, apesar de estar inelegível. No entanto, o parlamentar admitiu pela primeira vez que a direita poderá ter outros nomes viáveis para concorrer à presidência. Segundo Flávio, mesmo impossibilitado de disputar o pleito, Bolsonaro registrará sua candidatura e, caso necessário, poderá apoiar uma dessas opções alternativas no futuro. A declaração ocorre um dia após a Procuradoria-Geral da República apresentar denúncia contra o ex-presidente, acusando-o de liderar uma tentativa de se manter no poder.

De acordo com o filho mais velho de Bolsonaro, partidos do Centrão já trabalham com o cenário em que o ex-presidente não será candidato, buscando um nome alternativo para representar a direita na disputa presidencial. Flávio revelou que presidentes de legendas já procuraram a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Ratinho Júnior (PSD-PR), além dele próprio, para se prepararem para uma eventual candidatura. “Há diversos nomes que têm viabilidade política de concorrer. Bolsonaro tem a humildade de, se lá na frente for necessário, apoiar qualquer um desses que tenha maior potencial”, afirmou o senador em entrevista. Ele mencionou ainda que lideranças partidárias têm sondado outros nomes como os governadores Romeu Zema (Novo-MG) e Ronaldo Caiado (União-GO).

Apesar de reconhecer a existência de alternativas, Flávio Bolsonaro enfatizou que considera um “desrespeito” falar em candidatura alternativa a seu pai neste momento. O senador argumentou que o ex-presidente poderá adotar estratégia semelhante à do atual mandatário, Luiz Inácio Lula da Silva, na campanha de 2018. Na ocasião, Lula estava preso e também enfrentava uma condenação que o enquadrava nos critérios de inelegibilidade, mas mesmo assim registrou-se como candidato. Após a Justiça Eleitoral rejeitar seu pedido, Fernando Haddad assumiu a cabeça de chapa petista. Bolsonaro foi declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral após ser condenado em duas ações por abuso de poder político e econômico, além de uso indevido dos meios de comunicação durante seu mandato. Flávio, que além de senador atua como advogado, criticou a denúncia apresentada pela PGR, classificando as acusações como “políticas” e lamentando a atuação do procurador-geral Paulo Gonet.

O cenário político para 2026 permanece incerto, com a direita buscando se reorganizar após a derrota eleitoral e os processos judiciais envolvendo Bolsonaro. A admissão de Flávio sobre possíveis candidaturas alternativas sinaliza uma mudança de estratégia no campo conservador, que pode estar se preparando para disputar o pleito sem seu principal líder. Nos próximos meses, é provável que se intensifiquem as articulações entre os partidos de direita e centro-direita para definir um nome competitivo capaz de aglutinar o eleitorado bolsonarista e fazer frente à candidatura governista. O desenrolar dos processos judiciais contra o ex-presidente e a evolução do cenário político e econômico do país serão fatores determinantes para a definição dos rumos da oposição nas eleições presidenciais de 2026.

Cenário eleitoral de 2026 ainda indefinido

Com mais de dois anos até as próximas eleições presidenciais, o quadro político brasileiro permanece em aberto. A direita busca se rearticular enquanto a situação jurídica de Bolsonaro evolui, podendo influenciar diretamente nas estratégias eleitorais dos partidos conservadores para 2026.