Febre amarela avança em SP e secretário alerta para vacinação urgente

Febre amarela faz 8 vítimas em SP e secretário alerta para vacinação urgente.
Autoridades de saúde reforçam campanha de imunização.
O avanço da febre amarela no estado de São Paulo acendeu um alerta vermelho nas autoridades de saúde. Desde o início de 2025, já foram confirmados 12 casos da doença, resultando em 8 óbitos – uma taxa de letalidade alarmante de 66%. O dado mais preocupante é que nenhuma das vítimas fatais estava vacinada contra a enfermidade. Diante desse cenário, o secretário estadual de Saúde, Dr. Carlos Alberto Pereira, fez um apelo urgente à população paulista ontem (17/02): cerca de 5 milhões de pessoas ainda precisam se vacinar no estado para conter o avanço da doença. As mortes foram registradas em diferentes municípios, como Socorro, Amparo, Santo André, Bragança Paulista, Campinas, Brotas e Valinhos, indicando uma disseminação geográfica preocupante do vírus.
A febre amarela é uma doença infecciosa grave, transmitida por mosquitos infectados. No ambiente silvestre, o vírus circula entre primatas e mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes. Já no meio urbano, o vetor é o Aedes aegypti, o mesmo da dengue. A expansão da doença para áreas urbanas é um dos maiores temores das autoridades sanitárias. Os sintomas incluem febre alta, dores musculares, náuseas, vômitos e, nos casos mais graves, icterícia (pele e olhos amarelados), hemorragias e falência de órgãos. A vacina é considerada a forma mais eficaz de prevenção, conferindo proteção por toda a vida com apenas uma dose na maioria dos casos. O esquema vacinal atual prevê duas doses para crianças, aos 9 meses e 4 anos de idade, e dose única para pessoas acima de 5 anos que nunca foram imunizadas.
O Dr. Pereira ressaltou que a campanha de vacinação está sendo intensificada, especialmente nas áreas de maior risco. “Estamos mobilizando todas as unidades básicas de saúde e montando postos volantes para facilitar o acesso da população à vacina”, afirmou. Ele também destacou a importância da imunização para quem planeja viajar no feriado de Carnaval, principalmente para áreas rurais ou de mata. “A vacina leva cerca de 10 dias para conferir proteção, então é fundamental se vacinar o quanto antes”, alertou. Além da vacinação, outras medidas preventivas incluem o uso de repelentes, roupas compridas e a eliminação de criadouros de mosquitos. O secretário também pediu atenção especial aos sintomas e orientou que pessoas com suspeita da doença procurem atendimento médico imediatamente, pois o diagnóstico e tratamento precoces são cruciais para evitar complicações graves.
A situação atual da febre amarela em São Paulo acende um alerta para todo o país. Especialistas temem que o vírus possa se espalhar para outras regiões, especialmente durante o período de maior mobilidade populacional no Carnaval. O Ministério da Saúde já anunciou o envio de doses extras da vacina para o estado e está monitorando de perto a situação. A expectativa é que, com a intensificação da campanha de vacinação e a conscientização da população, seja possível conter o avanço da doença nas próximas semanas. No entanto, as autoridades ressaltam que a vigilância constante e a manutenção das medidas preventivas serão fundamentais para evitar novos surtos no futuro. A população é convocada a fazer sua parte, buscando a imunização e adotando práticas que dificultem a proliferação dos mosquitos vetores.
Vacinação é chave para controle da febre amarela
A atual situação da febre amarela em São Paulo serve como um lembrete crucial da importância da vacinação e da vigilância epidemiológica constante. As autoridades de saúde esperam que esta campanha intensiva de imunização possa não apenas conter o surto atual, mas também prevenir futuros casos da doença. A população é encorajada a buscar informações atualizadas sobre a situação em seus municípios e a procurar os postos de saúde para verificar seu status vacinal. Apenas com a colaboração de todos – poder público, profissionais de saúde e cidadãos – será possível superar este desafio e garantir a proteção da saúde pública contra a febre amarela e outras doenças infecciosas.