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Aprovação de Lula despenca e atinge pior índice dos três mandatos

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Pesquisa Datafolha revela queda acentuada na popularidade do presidente.

A aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atingiu seu patamar mais baixo, caindo de 35% para 24% em apenas dois meses, conforme revela a mais recente pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025. Este índice representa o pior desempenho do petista em seus três mandatos na Presidência da República. Simultaneamente, a reprovação do governo alcançou um recorde, saltando de 34% para 41%. O levantamento, que ouviu 2.007 eleitores em 113 cidades brasileiras entre os dias 10 e 11 de fevereiro, aponta ainda que 32% dos entrevistados consideram a gestão de Lula como regular, um aumento de três pontos percentuais em relação à pesquisa anterior realizada em dezembro de 2024. A margem de erro do estudo é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

A queda abrupta na aprovação do governo Lula pode ser atribuída a uma série de fatores que têm afetado diretamente a percepção da população sobre a administração federal. Entre os principais motivos apontados pelos analistas políticos, destacam-se a chamada “crise do Pix”, que gerou instabilidade no sistema financeiro e causou transtornos para milhões de brasileiros, e a alta significativa no preço dos alimentos, impactando diretamente o orçamento das famílias. Além disso, a deterioração dos indicadores econômicos, como o aumento da inflação e do desemprego, tem contribuído para o crescente descontentamento da população. No Nordeste, região tradicionalmente favorável ao PT, o cenário também se mostrou preocupante para o governo: a avaliação positiva (ótimo ou bom) despencou de 49% para 33%, considerando uma margem de erro de quatro pontos percentuais para este segmento.

O histórico das pesquisas Datafolha revela que Lula nunca havia enfrentado um cenário tão desfavorável em termos de aprovação popular. Mesmo durante o auge da crise do mensalão, em 2005, o índice mais baixo registrado foi de 28% de avaliação “bom e ótimo”. A atual conjuntura representa, portanto, um desafio sem precedentes para a gestão petista, que agora se vê pressionada a buscar soluções rápidas e eficazes para reverter a tendência de queda na popularidade. O governo tem apostado em uma intensificação da comunicação oficial como estratégia para melhorar sua imagem perante a opinião pública. No entanto, especialistas apontam que apenas medidas concretas e resultados palpáveis na economia e nas políticas sociais serão capazes de alterar significativamente a percepção negativa que se consolidou nos últimos meses.

Diante desse cenário desafiador, o governo Lula enfrenta a necessidade urgente de reavaliar suas estratégias e prioridades. A queda acentuada na aprovação popular pode impactar diretamente a governabilidade e a capacidade de articulação política do Executivo junto ao Congresso Nacional. Analistas políticos sugerem que, para reverter essa tendência, será crucial que o governo apresente um plano econômico robusto, capaz de controlar a inflação, gerar empregos e estimular o crescimento. Além disso, a retomada de programas sociais efetivos e o enfrentamento de questões estruturais, como a reforma tributária e a melhoria dos serviços públicos, são apontados como essenciais para recuperar a confiança da população. O desempenho do governo nos próximos meses será determinante para definir os rumos do mandato de Lula e suas perspectivas políticas futuras, incluindo a possibilidade de manter sua base de apoio e eventualmente disputar uma reeleição.

Desafios e perspectivas para o governo federal

A queda histórica na aprovação do presidente Lula impõe desafios significativos para o governo federal nos próximos meses. A recuperação da confiança da população e a implementação de medidas efetivas para melhorar a situação econômica e social do país serão cruciais para reverter a tendência negativa apontada pela pesquisa Datafolha. O cenário político e econômico permanece incerto, e as ações do governo serão observadas de perto tanto pela população quanto pelos agentes políticos e econômicos.