Ciclista assassinado em área nobre de SP era atleta e empresário

Vitor Medrado foi morto durante assalto no Itaim Bibi.
Vitor Medrado era um atleta experiente e empresário bem-sucedido no ramo do ciclismo. Com mais de 3.500 seguidores no Instagram, ele se apresentava como treinador e mentor para ciclistas, compartilhando dicas e incentivando a prática do esporte. Sua empresa de assessoria esportiva era reconhecida no meio, e Vitor já havia disputado diversas provas de ciclismo pelo Brasil. Em 2017, foi um dos atletas contemplados pelo programa Bolsa Atleta do governo federal, demonstrando seu destaque na modalidade. Amigos e colegas de profissão descrevem Vitor como uma pessoa extremamente querida e dedicada, sempre disposta a ajudar os outros e apaixonada pelo ciclismo e pela cidade de São Paulo, apesar de ser natural de Belo Horizonte, Minas Gerais.
O assassinato de Vitor Medrado expôs uma crescente preocupação com a segurança na região do Itaim Bibi e arredores, áreas tradicionalmente consideradas seguras na capital paulista. Outros ciclistas relataram ter sofrido tentativas de assalto no mesmo local, evidenciando uma ação sistemática de criminosos que visam bicicletas de alto valor e equipamentos eletrônicos. A rapidez e violência do crime – que durou menos de 10 segundos – alarmou a comunidade de ciclistas e moradores locais, que passaram a exigir um reforço no policiamento e medidas mais efetivas de segurança pública. A polícia investiga a possibilidade de que os mesmos criminosos tenham cometido outro assalto na região horas depois, quando um motociclista foi baleado no bairro do Brooklin. A placa da moto usada nos dois crimes seria a mesma, segundo as investigações preliminares.
A morte de Vitor Medrado gerou uma onda de comoção e protestos na comunidade ciclística de São Paulo. Na manhã seguinte ao crime, mais de 250 ciclistas se reuniram no local do assassinato para prestar uma homenagem silenciosa ao atleta, depositando flores brancas e exigindo respostas das autoridades de segurança pública. Amigos, familiares e ativistas do ciclismo expressaram sua revolta com a falta de segurança e pediram justiça. A ex-esposa de Vitor, Gisele Gasparotto, descreveu a perda como “irreparável”, destacando o amor que ele tinha por São Paulo e sua disposição em ajudar os outros. O caso, que está sendo investigado pelo 15º Distrito Policial do Itaim Bibi, levantou questionamentos sobre a eficácia das políticas de segurança em áreas nobres da cidade e a necessidade de medidas mais abrangentes para proteger ciclistas e pedestres em toda a capital paulista.
Comunidade ciclística pede por mais segurança e justiça
O assassinato de Vitor Medrado deixou um vazio na comunidade ciclística de São Paulo e acendeu um alerta sobre a segurança nas ruas da cidade. Enquanto as autoridades trabalham para identificar e capturar os responsáveis pelo crime, ciclistas, ativistas e moradores da região continuam a pressionar por mudanças efetivas nas políticas de segurança pública. A tragédia serve como um triste lembrete da vulnerabilidade dos ciclistas e da necessidade urgente de medidas que garantam a proteção de todos os usuários das vias públicas, mesmo em áreas consideradas mais seguras da metrópole.