Haddad atribui alta de combustíveis à eleição de Trump e prevê queda nos alimentos

Não dá para corrigir 7 anos de má administração em 2, diz Haddad.
Ministro da Fazenda analisa impactos econômicos e perspectivas.
O ministro contextualizou a situação econômica atual, comparando-a com o cenário herdado do governo Bolsonaro. Haddad destacou as medidas implementadas pela atual administração para mitigar os impactos econômicos negativos, como a retomada da política de valorização do salário mínimo e a aprovação da reforma tributária, que prevê a isenção de impostos para itens da cesta básica. Ele argumentou que essas ações, somadas à expectativa de uma colheita agrícola sem precedentes e à normalização do ciclo do boi, contribuirão para estabilizar os preços dos alimentos. O ministro também mencionou a privatização de refinarias durante o governo anterior como um fator que influencia os preços dos combustíveis, ressaltando que empresas privadas naturalmente buscam lucro, o que pode impactar os consumidores.
Haddad abordou ainda a complexidade da política monetária, enfatizando a necessidade de equilíbrio na condução das taxas de juros. Ele comparou a gestão da política monetária à administração de um antibiótico, alertando para os riscos de uma dosagem inadequada. O ministro defendeu que é crucial evitar tanto uma recessão quanto problemas graves nas transações correntes com o exterior. Nesse contexto, Haddad reiterou o compromisso do governo em implementar medidas que visam melhorar o poder aquisitivo da população, como o aumento real do salário mínimo, a atualização da tabela do Imposto de Renda e a isenção de impostos para produtos da cesta básica, prevista na Reforma Tributária. Ele ressaltou que essas iniciativas fazem parte de um esforço contínuo desde o início do governo Lula para promover a recuperação econômica e social do país.
Ao concluir sua análise, o ministro da Fazenda reforçou a perspectiva de que a combinação entre a queda do dólar e a safra recorde terá reflexos positivos nos preços dos alimentos nas próximas semanas. Haddad enfatizou que a política adotada pelo governo para trazer o dólar a um patamar mais adequado também contribuirá para esse cenário favorável. No entanto, ele ponderou que a correção dos problemas econômicos acumulados ao longo de sete anos de má administração não pode ser realizada em apenas dois anos, sinalizando a necessidade de um trabalho contínuo e de longo prazo. O ministro finalizou reafirmando o compromisso do presidente Lula e de sua equipe em entregar resultados concretos e melhorar significativamente a situação econômica do país até o final do mandato, reconhecendo os desafios ainda presentes, mas mantendo uma postura otimista quanto às perspectivas futuras da economia brasileira.