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Haddad atribui alta de combustíveis à eleição de Trump e prevê queda nos alimentos

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Não dá para corrigir 7 anos de má administração em 2, diz Haddad.

Ministro da Fazenda analisa impactos econômicos e perspectivas.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em entrevista à rádio Cidade de Caruaru, atribuiu a recente alta nos preços dos combustíveis à eleição de Donald Trump nos Estados Unidos. Segundo Haddad, a vitória de Trump provocou uma valorização do dólar em escala global, afetando diretamente os custos de importação de gasolina e diesel no Brasil. Apesar desse cenário desafiador, o ministro demonstrou otimismo em relação ao futuro próximo, prevendo uma queda nos preços dos alimentos devido à expectativa de uma safra recorde e à tendência de desvalorização do dólar frente ao real. Haddad enfatizou que, mesmo com os recentes aumentos, os preços atuais dos combustíveis ainda estão abaixo dos níveis observados há dois anos, durante o governo anterior.

O ministro contextualizou a situação econômica atual, comparando-a com o cenário herdado do governo Bolsonaro. Haddad destacou as medidas implementadas pela atual administração para mitigar os impactos econômicos negativos, como a retomada da política de valorização do salário mínimo e a aprovação da reforma tributária, que prevê a isenção de impostos para itens da cesta básica. Ele argumentou que essas ações, somadas à expectativa de uma colheita agrícola sem precedentes e à normalização do ciclo do boi, contribuirão para estabilizar os preços dos alimentos. O ministro também mencionou a privatização de refinarias durante o governo anterior como um fator que influencia os preços dos combustíveis, ressaltando que empresas privadas naturalmente buscam lucro, o que pode impactar os consumidores.

Haddad abordou ainda a complexidade da política monetária, enfatizando a necessidade de equilíbrio na condução das taxas de juros. Ele comparou a gestão da política monetária à administração de um antibiótico, alertando para os riscos de uma dosagem inadequada. O ministro defendeu que é crucial evitar tanto uma recessão quanto problemas graves nas transações correntes com o exterior. Nesse contexto, Haddad reiterou o compromisso do governo em implementar medidas que visam melhorar o poder aquisitivo da população, como o aumento real do salário mínimo, a atualização da tabela do Imposto de Renda e a isenção de impostos para produtos da cesta básica, prevista na Reforma Tributária. Ele ressaltou que essas iniciativas fazem parte de um esforço contínuo desde o início do governo Lula para promover a recuperação econômica e social do país.

Ao concluir sua análise, o ministro da Fazenda reforçou a perspectiva de que a combinação entre a queda do dólar e a safra recorde terá reflexos positivos nos preços dos alimentos nas próximas semanas. Haddad enfatizou que a política adotada pelo governo para trazer o dólar a um patamar mais adequado também contribuirá para esse cenário favorável. No entanto, ele ponderou que a correção dos problemas econômicos acumulados ao longo de sete anos de má administração não pode ser realizada em apenas dois anos, sinalizando a necessidade de um trabalho contínuo e de longo prazo. O ministro finalizou reafirmando o compromisso do presidente Lula e de sua equipe em entregar resultados concretos e melhorar significativamente a situação econômica do país até o final do mandato, reconhecendo os desafios ainda presentes, mas mantendo uma postura otimista quanto às perspectivas futuras da economia brasileira.