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Geração Z enfrenta níveis alarmantes de estresse e frustração no trabalho

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Jovens profissionais relatam maior esgotamento que colegas mais velhos.

Um novo estudo realizado pela gigante de seguros e benefícios MetLife revelou que a geração Z, composta por jovens nascidos entre 1997 e 2012, está enfrentando níveis preocupantes de estresse, isolamento e depressão no ambiente de trabalho. A pesquisa, que contou com a participação de quase 3.000 funcionários em tempo integral com 21 anos ou mais, mostrou que 46% dos integrantes da geração Z relataram sentir-se estressados, em comparação com apenas 35% das outras gerações. Além disso, os jovens profissionais também apresentaram taxas mais elevadas de esgotamento (44% contra 34%) e depressão (35% contra 20%) em relação aos seus colegas mais velhos. O estudo, denominado “Estudo de Tendências de Benefícios para Funcionários para 2025”, lança luz sobre os desafios enfrentados pela geração mais jovem no mercado de trabalho atual, evidenciando uma disparidade significativa entre as experiências das diferentes faixas etárias no ambiente corporativo.

O cenário revelado pela pesquisa da MetLife aponta para uma série de fatores que contribuem para o mal-estar da geração Z no trabalho. Entre as principais causas de estresse identificadas, destacam-se a remuneração não condizente com as exigências do cargo (71%), a falta de perspectivas de carreira (44%) e o excesso de trabalho (41%). Esses dados contrastam com as percepções das gerações mais velhas, como os Baby Boomers, que demonstraram níveis mais elevados de engajamento e satisfação no trabalho. Enquanto 79% dos Boomers afirmaram estar engajados em suas funções, apenas 60% da geração Z compartilhava do mesmo sentimento. Da mesma forma, 86% dos profissionais mais velhos se consideravam produtivos, contra 64% dos jovens. A disparidade também se reflete na felicidade no ambiente de trabalho, com 71% dos Boomers se declarando felizes, em contraste com apenas 59% da geração Z. Esses números revelam um cenário preocupante, indicando que os jovens profissionais estão enfrentando desafios significativos para se adaptar e prosperar no mercado de trabalho atual.

O estudo da MetLife também destaca que a geração Z está estabelecendo padrões mais elevados para si mesma em comparação com as gerações anteriores. Um exemplo disso é a percepção sobre sucesso financeiro: enquanto gerações mais velhas podem considerar patamares mais modestos como indicativos de estabilidade financeira, a geração Z acredita que é necessário acumular cerca de US$ 9,5 milhões para ser considerado financeiramente bem-sucedido. Essa discrepância entre expectativas e realidade pode estar contribuindo para os altos níveis de frustração e estresse observados entre os jovens profissionais. Além disso, o relatório aponta para fatores externos que influenciam a saúde mental da geração Z no trabalho, como o início de suas carreiras durante uma pandemia global, o crescimento em um mundo dominado pelas mídias sociais e a constante preocupação com questões climáticas. Esses elementos combinados criam um cenário desafiador para os jovens, que se veem pressionados a alcançar o sucesso em um ambiente de trabalho em rápida transformação e marcado por incertezas globais.

Diante desse panorama, especialistas e líderes empresariais estão sendo chamados a repensar suas estratégias de gestão de pessoas para melhor atender às necessidades da geração Z. O relatório da MetLife sugere que as empresas devem ajustar múltiplos aspectos de seus modelos de cuidado com os funcionários e da experiência geral no ambiente de trabalho para apoiar os jovens profissionais. Entre as recomendações, destaca-se a importância de criar culturas organizacionais mais sociais e de suporte, que possam oferecer um ambiente acolhedor e propício ao desenvolvimento profissional e pessoal. Além disso, é fundamental que as empresas invistam em programas de saúde mental, ofereçam oportunidades claras de crescimento na carreira e promovam um equilíbrio mais saudável entre vida pessoal e profissional. Ao adotar essas medidas, as organizações não apenas estarão contribuindo para o bem-estar de seus colaboradores mais jovens, mas também estarão investindo na construção de uma força de trabalho mais resiliente, engajada e preparada para enfrentar os desafios do futuro. O caminho para reduzir o estresse e a frustração da geração Z no trabalho passa, portanto, por uma abordagem holística que reconheça e valorize as particularidades dessa geração, criando um ambiente corporativo mais inclusivo e adaptado às suas necessidades e aspirações.

Perspectivas para o futuro do trabalho e bem-estar da geração Z

À medida que as empresas começam a reconhecer e abordar os desafios enfrentados pela geração Z no ambiente de trabalho, espera-se que surjam novas estratégias e políticas voltadas para o bem-estar e desenvolvimento desses jovens profissionais. A implementação de programas de mentoria, a flexibilização de horários e locais de trabalho, e o investimento em tecnologias que facilitem a colaboração e o equilíbrio entre vida pessoal e profissional são algumas das tendências que devem ganhar força nos próximos anos. Além disso, a crescente conscientização sobre a importância da saúde mental no ambiente corporativo pode levar a uma transformação significativa na cultura organizacional, beneficiando não apenas a geração Z, mas todas as gerações presentes no mercado de trabalho. O futuro do trabalho, portanto, dependerá da capacidade das empresas de se adaptarem às necessidades e expectativas dessa nova geração de profissionais, criando ambientes mais inclusivos, flexíveis e focados no bem-estar integral de seus colaboradores.