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Trump e Musk planejam encerrar principal agência de ajuda humanitária dos EUA

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Usaid enfrenta ameaça de fechamento sob nova administração.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o bilionário Elon Musk estão trabalhando em conjunto para encerrar as operações da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), principal órgão de ajuda humanitária do país. A informação foi divulgada nesta segunda-feira, após duas semanas do início do novo mandato de Trump. Musk, que lidera o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), afirmou que o presidente concorda com o fechamento da agência, descrevendo-a como um “ninho de vermes” e “incrivelmente politicamente partidária”. A Usaid, responsável por cerca de 40% da ajuda humanitária mundial, opera com um orçamento anual de US$ 42,8 bilhões e atua em aproximadamente 130 países.

A decisão de encerrar a Usaid representa uma mudança drástica na política externa dos Estados Unidos. Criada em 1961 durante o governo de John F. Kennedy, a agência tem sido um pilar fundamental na projeção do soft power americano, fornecendo assistência ao desenvolvimento e ajuda humanitária em diversas regiões do globo. O anúncio do possível fechamento gerou preocupações entre especialistas em relações internacionais e organizações não-governamentais, que temem o impacto dessa medida na estabilidade de países em desenvolvimento e em situações de crise. Além disso, a movimentação para encerrar a Usaid ocorre em um contexto de revisão geral das políticas de ajuda externa dos Estados Unidos, com Trump tendo congelado as ajudas a outros países por um período de três meses para reavaliação.

As tensões entre a administração Trump e a Usaid escalaram rapidamente nas últimas semanas. No fim de semana, dois altos funcionários de segurança da agência foram afastados após impedirem o acesso de representantes do DOGE a sistemas restritos da organização. Em resposta, o site da Usaid ficou fora do ar no sábado, intensificando as especulações sobre o futuro da agência. O secretário de Estado, Marco Rubio, assumiu temporariamente o comando da Usaid, declarando que acabará com a “insubordinação” da agência à agenda de Trump. Essa intervenção direta do Departamento de Estado sugere uma possível reestruturação da Usaid, com rumores de que ela poderia ser transformada em um departamento subordinado e com poderes reduzidos dentro da estrutura da Secretaria de Estado.

O futuro da Usaid permanece incerto, mas as consequências de seu possível encerramento seriam significativas tanto para a política externa dos Estados Unidos quanto para os países beneficiários de seus programas. Críticos da medida argumentam que o fechamento da agência poderia criar um vácuo na assistência humanitária global, potencialmente abrindo espaço para que outras potências, como China e Rússia, aumentem sua influência em regiões estratégicas. Por outro lado, apoiadores da decisão de Trump e Musk alegam que a medida está alinhada com a promessa de reduzir gastos governamentais e priorizar interesses domésticos. À medida que o debate sobre o futuro da Usaid se intensifica, observadores internacionais e parceiros dos Estados Unidos aguardam ansiosamente por mais detalhes sobre como essa mudança na política de ajuda externa americana afetará o cenário geopolítico global nos próximos anos.

Impactos globais e reações à possível extinção da Usaid

A possível extinção da Usaid representa um ponto de virada na política externa americana, com potenciais repercussões globais. Enquanto o governo Trump e seus aliados defendem a medida como necessária para otimizar recursos e focar em prioridades nacionais, críticos alertam para os riscos de um vácuo na assistência humanitária internacional. O desenrolar dessa situação será crucial para determinar o papel dos Estados Unidos no cenário global e seu compromisso com a cooperação internacional nos próximos anos.