Governo lança política de sustentabilidade para aeroportos e Copom avalia juros

Governo anuncia medidas sustentáveis para aeroportos e Copom analisa cenário econômico.
Iniciativas ambientais e decisão sobre juros marcam semana econômica.
O Ministério de Portos e Aeroportos lançou uma nova política de sustentabilidade para os aeroportos brasileiros, visando reduzir o impacto ambiental do setor aéreo e promover práticas mais ecológicas. A iniciativa, apresentada pelo ministro Silvio Costa Filho, estabelece metas ambiciosas para a redução de emissões de carbono e o uso eficiente de recursos naturais nas instalações aeroportuárias do país. Paralelamente, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne para avaliar a taxa básica de juros, a Selic, em um contexto de pressões inflacionárias persistentes e expectativas econômicas desafiadoras para 2025.
A política de sustentabilidade para aeroportos faz parte de um esforço mais amplo do governo federal para alinhar o setor de infraestrutura aos compromissos ambientais assumidos pelo Brasil em acordos internacionais. O programa “Aeroportos Sustentáveis”, iniciado em 2019, ganha agora novos contornos e metas mais ambiciosas. Entre os objetivos estabelecidos, destaca-se o desvio de 90% dos resíduos gerados nos aeroportos para reciclagem ou compostagem até 2025, reduzindo significativamente o volume enviado para aterros sanitários. Além disso, a política prevê a adoção de veículos elétricos para operações em solo, sistemas de refrigeração mais eficientes e a implementação de tecnologias de energia renovável nas instalações aeroportuárias.
Enquanto o setor de infraestrutura busca se adaptar às novas diretrizes de sustentabilidade, o mercado financeiro volta suas atenções para a reunião do Copom, que deve definir um novo aumento na taxa Selic. As expectativas apontam para uma elevação de 1 ponto percentual, levando a taxa básica de juros para 13,25% ao ano. Esta seria a primeira decisão sob a gestão do novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, em um cenário econômico marcado por desafios. A pesquisa realizada pelo Valor Econômico com 120 instituições financeiras revela um consenso sobre o aumento dos juros, refletindo a preocupação com a trajetória da inflação, que permanece acima da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. As projeções para o IPCA em 2025 chegam a 5,40%, significativamente acima do centro da meta de 3,0%.
A convergência entre as políticas de sustentabilidade e as decisões de política monetária ilustra os desafios complexos enfrentados pela economia brasileira. Por um lado, o governo busca impulsionar investimentos em infraestrutura sustentável, o que pode gerar empregos e estimular a inovação tecnológica. Por outro, o Banco Central se vê obrigado a manter uma postura austera para conter as pressões inflacionárias, o que pode impactar negativamente o crescimento econômico no curto prazo. O equilíbrio entre essas forças será crucial para determinar a trajetória da economia brasileira nos próximos anos, enquanto o país busca se posicionar como líder em desenvolvimento sustentável e, ao mesmo tempo, garantir a estabilidade macroeconômica necessária para atrair investimentos e promover o crescimento de longo prazo.
Perspectivas para o futuro da economia e sustentabilidade no Brasil
As iniciativas de sustentabilidade nos aeroportos e a condução da política monetária representam dois pilares fundamentais para o futuro econômico do Brasil. A implementação bem-sucedida de práticas sustentáveis no setor aéreo pode posicionar o país como referência em infraestrutura verde, potencialmente atraindo investimentos internacionais e melhorando a competitividade do setor. Já a gestão cuidadosa da política monetária será essencial para criar um ambiente econômico estável, propício ao crescimento sustentável. O desafio para os próximos anos será encontrar o equilíbrio ideal entre o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental, garantindo que o Brasil possa avançar em direção a um futuro mais próspero e sustentável.