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Nepal aumenta taxa para escalar o Monte Everest

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Novo valor de US$ 15 mil por alpinista entra em vigor.

O governo do Nepal anunciou um aumento significativo na taxa de autorização para escalar o Monte Everest, a montanha mais alta do mundo. A partir de agora, alpinistas estrangeiros terão que desembolsar US$ 15 mil por pessoa para tentar chegar ao topo da famosa montanha, localizada na cordilheira do Himalaia. O novo valor representa um acréscimo de 50% em relação à taxa anterior de US$ 10 mil, que estava em vigor desde 2015. A medida foi tomada pelo Ministério do Turismo nepalês com o objetivo de controlar o fluxo de alpinistas e gerar mais receita para o país, que tem no turismo de montanha uma de suas principais fontes de renda.

O aumento da taxa de autorização para escalar o Everest se insere em um contexto mais amplo de preocupações com a segurança e a sustentabilidade da atividade. Nos últimos anos, o número de alpinistas que tentam chegar ao topo da montanha de 8.848 metros de altitude tem crescido consideravelmente, levando a problemas como congestionamentos em trechos perigosos da rota, acúmulo de lixo e aumento no número de acidentes fatais. Em 2019, por exemplo, uma foto que mostrava uma longa fila de alpinistas próximos ao cume do Everest viralizou e chamou a atenção para os riscos do excesso de pessoas na montanha. Com a nova taxa mais elevada, as autoridades nepalesas esperam reduzir o número de expedições e atrair alpinistas mais experientes e preparados para enfrentar os desafios da escalada.

Além do aumento na taxa de autorização, o governo do Nepal também anunciou outras medidas visando melhorar a segurança e a gestão das expedições ao Everest. Entre elas, está a exigência de que os alpinistas comprovem experiência prévia em escaladas de montanhas com mais de 6.500 metros de altitude antes de tentar o Everest. Outra mudança importante é a limitação do número de permissões emitidas por temporada, com um teto máximo de 400 autorizações. Essas medidas buscam reduzir os riscos para os alpinistas e também para os sherpas, os guias locais que desempenham um papel fundamental nas expedições. O governo nepalês afirma que parte da receita adicional obtida com o aumento da taxa será investida em melhorias na infraestrutura da região, como a instalação de postos médicos avançados e o aprimoramento dos sistemas de resgate em caso de emergências.

A decisão de aumentar a taxa de autorização para escalar o Everest gerou reações diversas no meio alpinista e na indústria do turismo de aventura. Enquanto alguns especialistas apoiam a medida como forma de preservar a montanha e tornar as expedições mais seguras, outros argumentam que o novo valor pode tornar a escalada do Everest ainda mais elitista, restringindo o acesso apenas aos alpinistas mais abastados. De qualquer forma, é inegável que o Monte Everest continuará a exercer um fascínio único sobre aventureiros do mundo todo, representando o desafio máximo do montanhismo. Com as novas regras e taxas em vigor, resta saber como será o futuro das expedições à montanha mais alta do planeta e se as medidas adotadas pelo Nepal serão suficientes para equilibrar a preservação ambiental, a segurança dos alpinistas e os interesses econômicos do país.

Impactos da nova taxa na indústria do turismo de montanha

O aumento da taxa para escalar o Everest certamente terá impactos significativos na indústria do turismo de montanha no Nepal e na região do Himalaia como um todo. Nos próximos anos, será possível avaliar se a medida realmente contribuirá para um modelo mais sustentável de exploração turística da montanha mais alta do mundo, equilibrando os interesses econômicos, ambientais e de segurança. O desafio do Everest continuará a atrair alpinistas de todo o planeta, mas agora sob novas condições que buscam preservar a mística e a integridade desse ícone do montanhismo mundial.