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Diretor do Sindimoto alerta para riscos de moto-táxi por aplicativo em SP: ‘Vai Gerar Uma Carnificina’

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Sindicalista prevê aumento de acidentes com liberação do serviço.

O diretor do Sindicato dos Mensageiros Motociclistas, Ciclistas e Moto-Taxistas do Estado de São Paulo (Sindimotosp), Gerson Silva Cunha, expressou forte preocupação com a possível liberação do serviço de moto-táxi por aplicativo na capital paulista. Em entrevista concedida nesta quinta-feira, 24 de janeiro de 2025, Cunha alertou que a implementação desse tipo de transporte pode resultar em um aumento significativo de acidentes envolvendo motociclistas e passageiros. “Vai gerar uma carnificina”, afirmou o sindicalista, ressaltando os riscos inerentes à atividade em uma cidade com o trânsito complexo como São Paulo. A declaração surge em meio a uma disputa judicial entre a Prefeitura de São Paulo, que proibiu o serviço, e as empresas de aplicativo 99 e Uber, que buscam oferecer a modalidade na cidade.A controvérsia em torno do moto-táxi por aplicativo em São Paulo se intensificou nas últimas semanas, com a Prefeitura argumentando que o serviço não está regulamentado e, portanto, não pode operar legalmente na cidade. Por outro lado, as empresas de tecnologia defendem que a proibição é inconstitucional e limita a livre iniciativa. O debate sobre a segurança dos passageiros e motociclistas está no centro da discussão, com o Sindimotosp alertando para a falta de preparo adequado dos condutores e a ausência de regulamentações específicas para este tipo de transporte. Gerson Silva Cunha enfatizou que, diferentemente dos motoboys que realizam entregas, os moto-taxistas precisariam de treinamento especializado para transportar passageiros com segurança, especialmente considerando as condições do trânsito paulistano, conhecido por sua intensidade e complexidade.

O posicionamento do Sindimotosp reflete uma preocupação mais ampla com a segurança viária em São Paulo, onde acidentes envolvendo motocicletas são frequentes e muitas vezes fatais. Dados recentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) indicam que motociclistas estão entre as principais vítimas de acidentes de trânsito na cidade. A introdução do moto-táxi por aplicativo, segundo Cunha, poderia agravar essa situação, expondo não apenas os condutores, mas também os passageiros a riscos elevados. O sindicalista argumenta que a infraestrutura viária da cidade não está preparada para acomodar esse tipo de serviço de forma segura, citando a falta de faixas exclusivas para motocicletas em grande parte das vias e a dificuldade de fiscalização efetiva. Além disso, Cunha levanta questões sobre a responsabilidade civil em caso de acidentes, questionando como as empresas de aplicativo lidariam com eventuais indenizações e seguros para passageiros e condutores.

A polêmica em torno do moto-táxi por aplicativo em São Paulo promete se estender nos próximos meses, com expectativas de que o caso seja levado a instâncias superiores do judiciário. Enquanto isso, o Sindimotosp planeja intensificar suas ações de conscientização e pressão política para impedir a liberação do serviço. Gerson Silva Cunha afirmou que o sindicato está preparando uma série de manifestações e encontros com autoridades para apresentar dados e argumentos contra a implementação do moto-táxi na cidade. O debate sobre mobilidade urbana e segurança no trânsito ganha novos contornos com essa discussão, evidenciando a necessidade de um diálogo amplo entre poder público, empresas de tecnologia, sindicatos e sociedade civil para encontrar soluções que conciliem inovação e segurança no transporte urbano. A decisão final sobre a operação de moto-táxis por aplicativo em São Paulo poderá estabelecer um precedente importante para outras cidades brasileiras que enfrentam desafios semelhantes na regulamentação de novos modelos de transporte.

Perspectivas para o futuro do transporte por aplicativo em São Paulo

O desfecho dessa controvérsia terá implicações significativas para o futuro da mobilidade urbana em São Paulo e potencialmente em outras grandes cidades brasileiras. Enquanto as empresas de aplicativo argumentam que o serviço de moto-táxi poderia oferecer uma alternativa rápida e acessível para deslocamentos urbanos, especialmente em áreas congestionadas, os críticos, incluindo o Sindimotosp, enfatizam a necessidade primordial de garantir a segurança de todos os envolvidos. A busca por um equilíbrio entre inovação, demanda por transporte eficiente e segurança pública continuará a moldar as políticas de mobilidade urbana nos próximos anos, com São Paulo no centro desse debate nacional sobre o futuro do transporte por aplicativo.