Buscas por vítimas de ponte desabada enfrentam dificuldades

Uma semana após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, entre Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO), as equipes de resgate lutam contra o tempo e as condições adversas para encontrar as oito pessoas ainda desaparecidas. Nove mortes já foram confirmadas. A profundidade do Rio Tocantins, que chega a 48 metros no local, e os destroços da ponte dificultam o trabalho.
Duas vítimas foram localizadas dentro de uma caminhonete submersa a 35 metros, sob uma carreta. “Esse veículo foi encontrado em uma situação bem trágica”, relatou o tenente-coronel Rafael Barreto Menezes, mergulhador do Corpo de Bombeiros do Tocantins. “Dentro desse veículo eu consegui identificar duas vítimas, possivelmente uma mulher e um homem”. O resgate é complexo e exige maquinário pesado para remover a carreta. “É um trabalho bem complexo. Vai precisar de um maquinário pesado”, confirmou Menezes.
A profundidade e a instabilidade dos destroços representam um grande risco para os mergulhadores. “O primeiro risco é a profundidade”, explicou Menezes. “Eles estão a 35 metros de profundidade, então o tempo de mergulho se torna mais curto, além das estruturas que estão lá e a gente não tem certeza se elas estão firmes ou não”.
Drones subaquáticos e uma câmara hiperbárica trazida do Rio de Janeiro auxiliam nas buscas. As operações chegaram a ser suspensas por risco de novos desabamentos. O Dnit aguarda equipamentos para avaliar a estabilidade da estrutura restante antes de liberar os mergulhos.
A comunidade local e as autoridades permanecem em alerta, e as famílias das vítimas aguardam ansiosamente por notícias. O acidente ressalta a importância da manutenção e inspeção regular de pontes e outras infraestruturas.