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Rússia oferece mediação e armazenamento de urânio iraniano

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Rússia reafirma disposição para armazenar urânio do Irã e atuar como mediadora na crise.

Kremlin mantém oferta de mediação diante de escalada entre Israel e Irã.

Moscou reiterou, na segunda-feira, sua disponibilidade em desempenhar o papel de mediadora no atual conflito entre Israel e Irã, ressaltando que a histórica proposta russa de armazenar o urânio iraniano em solo russo ainda está válida. O anúncio foi feito pelo porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, que destacou a seriedade do agravamento das hostilidades e a necessidade urgente de abordar as causas centrais da crise. A disposição russa surge em um momento em que Teerã, sob a justificativa de direito à energia nuclear pacífica, avança rapidamente no programa de enriquecimento de urânio, gerando preocupações crescentes entre países ocidentais e do Golfo sobre potenciais fins militares. Peskov explicou que Moscou está disposta não apenas a receber o material nuclear para convertê-lo em combustível para reatores civis, mas também a conduzir negociações multilaterais, caso seja solicitado pelas partes em conflito. Com a eclosão dos ataques militares, a situação ficou ainda mais delicada e, segundo o Kremlin, a escalada ameaça a estabilidade regional e mundial.

O contexto que cerca a proposta russa é de extrema tensão, marcado por trocas de ataques entre Israel e Irã, o que elevou o nível de imprevisibilidade em toda a região do Oriente Médio. O programa nuclear iraniano voltou ao centro do debate internacional após Israel lançar operações que atingiram integrantes do alto escalão militar iraniano e principais cientistas ligados ao setor atômico. Em resposta, Teerã intensificou ofensivas contra cidades israelenses, tornando o cenário ainda mais volátil. No passado, iniciativas semelhantes de armazenamento de urânio em países terceiros foram sugeridas como meio de mitigar riscos nucleares, aliviando tensões e evitando um desenrolar militar. Dessa vez, a Rússia apresenta a alternativa como via para conter o temor de proliferação de armas nucleares, reiterando que a proposta segue relevante apesar do agravamento das hostilidades. As causas fundamentais do conflito, segundo o Kremlin, precisam ser eliminadas para que uma resolução pacífica seja possível.

Os desdobramentos do impasse nuclear e militar abrangem não só a segurança regional, mas também o equilíbrio das relações internacionais, especialmente entre potências influentes no Oriente Médio. A reafirmação da proposta russa de armazenar o urânio de Teerã representa um esforço diplomático para evitar uma escalada ainda maior, embora as respostas de Israel indiquem, segundo Moscou, resistência a esforços de conciliação neste momento. Especialistas em Relações Internacionais avaliam que a Rússia mantém laços de longa data tanto com Israel quanto com o Irã, o que lhe confere certa legitimidade em potencializar canais de diálogo. No entanto, a continuidade dos ataques e o clima de instabilidade criam obstáculos à efetividade de qualquer mediação. Organizações internacionais e líderes regionais também alertam para o risco de que a crise se torne uma ameaça global, caso não haja contenção e flexibilidade por parte dos envolvidos.

China Condena Ataques de Israel ao Irã e Alerta para Riscos de Escalada no Oriente Médio

A China condenou, no sábado (14), os ataques de Israel contra o Irã, classificando-os como uma “violação da soberania, segurança e integridade territorial” iraniana. Em uma ligação com diplomatas de ambos os países, o ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, expressou apoio à defesa do Irã e criticou o ataque a instalações nucleares iranianas, alertando que a ação estabelece um “precedente perigoso com consequências potencialmente desastrosas”. Segundo o Ministério das Relações Exteriores da China, os ataques violam o direito internacional, especialmente em um momento em que a comunidade global busca uma solução política para a questão nuclear iraniana.

Wang Yi destacou que a diplomacia ainda é viável para resolver o impasse nuclear e que a força militar não garantirá uma paz duradoura. A posição da China reflete a preocupação com a escalada de tensões no Oriente Médio, onde Israel anunciou, no mesmo dia, que o Irã se tornou sua principal frente de combate, relegando Gaza a uma “posição secundária”.

Conversas entre Líderes Globais

No sábado, o presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente dos EUA, Donald Trump, conversaram por 50 minutos sobre a crise no Oriente Médio e as negociações de paz na Ucrânia. Segundo Yuri Ushakov, assessor de Putin, a situação regional foi descrita por Trump como “muito alarmante”. Líderes do Egito, Abdel Fattah el-Sissi, e da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, também alertaram que os ataques de Israel podem levar o Oriente Médio ao “caos completo”, pedindo a interrupção imediata das operações militares e a retomada das negociações nucleares mediadas por Omã.

No entanto, o ministro das Relações Exteriores de Omã, Badr al-Busaidi, anunciou que as conversas previstas entre Irã e EUA, marcadas para domingo em Mascate, foram canceladas devido aos ataques israelenses. “Qualquer diálogo seria injustificável em meio aos ataques em curso”, escreveu al-Busaidi nas redes sociais, reforçando que a diplomacia segue como o único caminho para a paz.

Escalada do Conflito

Israel intensificou suas operações contra o Irã, bombardeando mais de 200 instalações nucleares e militares nas últimas 24 horas, matando nove cientistas nucleares e a cúpula militar iraniana, segundo o Exército israelense. Pela primeira vez, Israel admitiu ter alvejado a instalação nuclear de Fordow, um importante centro do programa nuclear iraniano, embora autoridades iranianas afirmem que os danos foram “administráveis” e que equipamentos foram removidos previamente. A mídia estatal iraniana reportou 78 mortes, incluindo 20 crianças, enquanto o Irã lançou 200 mísseis contra Israel, deixando três mortos e 82 feridos desde sexta-feira (13).

O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, ameaçou intensificar os ataques, alertando que novos movimentos iranianos poderiam levar à “destruição total” de Teerã. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu reforçou que “mais ataques virão”, enquanto o Irã classificou as ações de Israel como uma “declaração de guerra”. O governo iraniano também emitiu um alerta aos EUA, Reino Unido e França, ameaçando retaliar contra bases e navios ocidentais caso interfiram em sua resposta a Israel.

Reações Internacionais

Os EUA confirmaram apoio à defesa de Israel, com forças americanas interceptando drones e mísseis iranianos. O presidente francês, Emmanuel Macron, também anunciou assistência militar a Israel. Já o Reino Unido, segundo o primeiro-ministro Keir Starmer, não forneceu apoio militar direto, mas enviou jatos e reforços ao Oriente Médio como medida de contingência. Durante uma sessão do Conselho de Segurança da ONU, o diplomata americano McCoy Pitt alertou que ataques a cidadãos ou infraestruturas dos EUA teriam “consequências terríveis” para o Irã.

A escalada do conflito, com Israel focando no Irã e ameaçando suas instalações nucleares, aumenta o risco de uma guerra regional com envolvimento de potências ocidentais. Apesar dos apelos por moderação, a tensão permanece elevada, com ofensivas e contra-ataques em múltiplas frentes.

Proposta russa de mediação e armazenamento segue em pauta mesmo sob tensão

Diante desse cenário altamente instável, o Kremlin reforça que sua proposta de armazenar o urânio enriquecido do Irã e convertê-lo em combustível civil permanece na mesa, sendo considerada por analistas uma alternativa diplomática viável para despressurizar o conflito. O porta-voz Dmitry Peskov enfatizou que a Rússia está preparada para tomar todas as medidas necessárias a fim de endereçar as causas estruturais dessa crise, apelando para que os envolvidos exerçam máxima moderação. O futuro das negociações depende, em grande parte, da disposição das partes em aceitar propostas conciliatórias, bem como da evolução dos acontecimentos militares. Diplomatas alertam que a escalada da crise não contribui para uma resolução pacífica e pode ter consequências imprevisíveis para a segurança global. À medida que novas movimentações são aguardadas, a comunidade internacional acompanha de perto as iniciativas russas, que permanecem como uma das poucas alternativas concretas para evitar o agravamento da crise nuclear e militar no Oriente Médio.

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