Messi supera Pelé e é eleito o melhor jogador da história do futebol pela IFFHS

Ranking histórico coloca argentino na primeira posição.
A Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol (IFFHS) surpreendeu o mundo esportivo ao divulgar na segunda-feira, 19 de maio de 2025, um ranking oficial que elege Lionel Messi como o maior jogador da história do futebol mundial, superando o brasileiro Pelé, que aparece na segunda colocação. A publicação, que apresenta os dez maiores nomes do esporte, foi divulgada no último sábado e imediatamente gerou controvérsia entre especialistas e torcedores, principalmente por não detalhar os critérios utilizados para a elaboração da lista. O ranking conta com outros brasileiros além de Pelé: Ronaldo Fenômeno aparece na sexta posição e Ronaldinho Gaúcho fecha a lista na décima colocação. O pódio é completado pelo argentino Diego Maradona, que ocupa o terceiro lugar, seguido por Cristiano Ronaldo em quarto e o holandês Johan Cruyff em quinto. A escolha de Messi como o maior de todos os tempos tem sido interpretada por muitos como um reconhecimento à extraordinária carreira do argentino, atualmente no Inter Miami, que conquistou oito Bolas de Ouro e finalmente completou sua galeria de troféus com a Copa do Mundo de 2022, título que muitos consideravam o único que faltava para consolidar seu lugar no topo da história.
A ausência de Pelé no topo do ranking gerou intensos debates, considerando que o brasileiro é frequentemente apontado como o maior jogador que já pisou em um campo de futebol. Vencedor de três Copas do Mundo (1958, 1962 e 1970), o brasileiro alcançou feitos extraordinários ao longo de sua carreira, incluindo a conquista do Mundial com apenas 17 anos e o protagonismo na seleção de 1970, considerada por muitos a maior de todos os tempos. A IFFHS, entidade com sede na Suíça, não explicou a metodologia que utilizou para as escolhas, limitando-se apenas a apresentar os dez nomes selecionados, o que aumentou as especulações sobre os critérios adotados. Alguns especialistas sugerem que a contemporaneidade de Messi pode ter pesado a seu favor, uma vez que o argentino atuou em uma era muito mais globalizada e com exposição midiática incomparavelmente maior que a época de Pelé. Outros argumentam que a carreira vitoriosa de Messi no Barcelona, onde conquistou quatro troféus da Liga dos Campeões e três Mundiais de Clubes, aliada ao seu desempenho consistente ao longo de quase duas décadas no futebol de elite, justificariam sua posição no topo do ranking. A lista também inclui nomes como Zinédine Zidane (7º), Franz Beckenbauer (8º) e Alfredo Di Stéfano (9º), com o alemão Beckenbauer sendo o único defensor mencionado entre os dez melhores.
Os argumentos a favor de Messi são substanciais e ajudam a explicar sua colocação no topo do ranking. O argentino é o maior vencedor da Bola de Ouro, com oito conquistas, superando Cristiano Ronaldo, que tem cinco. Sua performance na Copa do Mundo de 2022 foi determinante para mudar a percepção sobre sua carreira, já que até então pesava contra ele a ausência de um título mundial com a Argentina. Na competição realizada no Catar, Messi não apenas conquistou o troféu, mas foi decisivo em praticamente todos os jogos, incluindo a final épica contra a França, considerada uma das maiores decisões da história das Copas. Além disso, o argentino construiu uma trajetória impressionante no Barcelona, onde se tornou o maior artilheiro da história do clube e conquistou 35 títulos, incluindo dez Campeonatos Espanhóis. Seus números individuais são igualmente impressionantes, com mais de 800 gols oficiais na carreira e recordes de assistências nas principais competições que disputou. Por outro lado, defensores de Pelé argumentam que o brasileiro revolucionou o esporte em uma época muito mais difícil, sem as facilidades tecnológicas e estruturais do futebol moderno, além de ter mantido um nível de excelência que o levou a marcar mais de mil gols oficiais, segundo as estatísticas da época, e a conquistar três Copas do Mundo com a seleção brasileira, feito inigualável para um jogador de linha.
Futuro do debate sobre os maiores da história
O ranking da IFFHS certamente não encerrará o eterno debate sobre quem é o maior jogador da história do futebol, mas adiciona um elemento importante à discussão ao oficializar uma posição institucional sobre o tema. Especialistas apontam que comparações entre jogadores de épocas diferentes sempre serão subjetivas e influenciadas por fatores geracionais, culturais e até geográficos. A escolha de Messi como o maior de todos os tempos reflete uma tendência contemporânea de valorizar estatísticas detalhadas e performances consistentes ao longo de muitos anos, características marcantes da carreira do argentino. Ao mesmo tempo, coloca em perspectiva a dificuldade de avaliar precisamente o impacto de Pelé em uma época com menos recursos tecnológicos para registrar e analisar performances. O debate sobre o maior jogador da história provavelmente ganhará novos capítulos nos próximos anos, especialmente quando a carreira de Messi chegar ao fim e for possível analisá-la em sua totalidade. Enquanto isso, rankings como o da IFFHS servem como interessantes pontos de referência que ajudam a contextualizar e comparar as carreiras de diferentes gerações, mesmo que nunca exista um consenso definitivo sobre quem merece o título de maior de todos os tempos. O que parece inegável, independentemente de preferências pessoais, é que tanto Messi quanto Pelé representam o mais alto nível que o esporte já produziu, tendo revolucionado o futebol em suas respectivas épocas e deixado legados que transcendem gerações e fronteiras.