71% acreditam que Lula não cumpre promessas de campanha

Maioria dos brasileiros acredita que Lula não cumpre promessas de campanha.
Pesquisa aponta descrença na execução das promessas eleitorais.
Uma pesquisa realizada pela Genial/Quaest entre os dias 27 e 31 de março registrou que 71% dos entrevistados acreditam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não tem cumprido as promessas feitas durante a campanha eleitoral de 2022. Divulgada nesta quarta-feira (2), a pesquisa ouviu 2.004 pessoas em diversas regiões do Brasil e apresenta uma margem de erro de 2 pontos percentuais. Em contraste, apenas 24% consideram que as promessas estão sendo cumpridas, enquanto 5% preferiram não opinar. Esses números revelam um aumento na insatisfação em relação ao início do mandato, quando 65% dos entrevistados apontavam descumprimento. Essa queda na confiança reflete um maior ceticismo com relação à administração do presidente em áreas sensíveis como economia, saúde e meio ambiente.
Desafios e promessas não cumpridas geram impacto na popularidade
Ao longo do mandato, várias promessas de campanha, como a retirada do Brasil do mapa da fome e o reajuste do salário mínimo acima da inflação, enfrentaram dificuldades de implementação. A promessa de isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5.000 continua sem avanços concretos, o que contribui para a percepção de ineficiência do governo. Problemas ainda maiores surgiram no plano econômico, agravados pela alta de preços, como o da picanha e da gasolina, que se tornaram símbolos das dificuldades enfrentadas pela população. Além disso, a falta de articulação política e os desafios de governabilidade continuam sendo barreiras significativas. Especialistas afirmam que a polarização política e as crises institucionais têm dificultado o avanço de políticas públicas, criando um cenário de estagnação perceptível tanto nas metas sociais quanto econômicas.
Consequências da gestão e perspectivas para os próximos anos
A insatisfação crescente com a administração reflete-se diretamente na popularidade do presidente. Dados recentes apontam que a aprovação governamental segue em queda, com desafios crescentes para consolidar projetos e alcançar metas ambiciosas. A pesquisa destaca que a comunicação ineficaz e a falta de diálogo com o Congresso têm contribuído para o enfraquecimento da imagem do governo. No entanto, há sinais positivos, especialmente em setores como o combate à fome, onde políticas como o Bolsa Família têm mostrado avanços. O governo agora enfrenta a necessidade de reverter a tendência de descrença, estabelecendo novas estratégias de articulação e priorização de propostas. Especialistas alertam que o ano sem eleições em 2025 pode ser uma oportunidade para o presidente intensificar a implementação de seus compromissos e apresentar resultados mais sólidos para reconquistar a confiança da população.
Futuro da gestão e a reconquista da confiança popular
Para muitos, o futuro da gestão de Lula dependerá de sua capacidade de superar as adversidades políticas e de execução enfrentadas até agora. A ausência de eleições em 2025 é vista como uma oportunidade crucial para o governo reavaliar suas estratégias e implementar reformas estruturais que ainda não avançaram. A reconquista da confiança popular exigirá não apenas a realização de promessas pendentes, mas também a apresentação de políticas públicas que demonstrem efetividade e compromisso com a melhoria das condições de vida da população. Mesmo diante dos desafios, há possibilidades concretas de avanço, especialmente se houver uma articulação política mais eficiente e um diálogo renovado com o eleitorado. O cenário para 2026, entretanto, dependerá diretamente dos resultados apresentados no próximo ano, que será determinante para definir o legado do governo atual.
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